terça-feira, 30 de outubro de 2012

Penguin e Ramdon House se unem e viram maior grupo editorial do mundo!

Negócio movimentou cerca de 3 bilhões de dólares e nova empresa será maior que a News Corp, de Rupert Murdoch

O grupo britânico de educação e editoração Pearson firmou acordo para unir sua divisão de livros Penguin à Random House, da alemã Bertlesmann, dando origem ao maior grupo editorial de produtos ao consumidor do mundo, deixando para trás a News Corp, de Rupert Murdoch. As editoras não divulgaram o valor da negociação, mas fontes próximas às empresas afirmaram ao Wall Street Journal que a fusão movimentou cerca de 3 bilhões de dólares.

A confirmação ocorreu um dia após o Sunday Times, de Murdoch, publicar que a News Corp poderia fazer uma oferta direta pela Penguin Books. A Pearson afirmou que a joint venture será denominada Penguin Random House, sendo que a Bertlesmann ficará com 53% e a Pearson, com o restante.

Nenhuma das partes poderá vender qualquer participação detida na joint venture durante três anos. Analistas apontaram que entraves regulatórios poderiam complicar a fusão, mas, com uma participação de mercado conjunta estimada em 25% nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, o negócio pode seguir adiante.

Os grupos informaram que a joint venture ajudará ambos a se adaptarem às rápidas mudanças no mercado de livros, que vem sendo transformado pelo avanço dos livros digitais (ebooks) e aumento da concorrência por preços nos supermercados. "Juntos, os dois grupos poderão dividir uma grande parte dos custos, investir mais em autores e clubes de leitura e ser mais aventureiros para testar novos modelos neste universo emocionante e de rápida evolução dos livros digitais e leitores digitais", afirmou a presidente-executiva da Pearson, Marjorie Scardino.

Veja Economia 29/10/2012

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Espaços Narrados

O que a arquitetura e a literatura têm em comum?

A Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP) promoverá o seminário "Espaços narrados - a construção dos múltiplos territórios da língua portuguesa", com o intuito de discutir os espaços revelados pela nossa língua.

A atenção está voltada para as ações produzidas pela literatura de língua portuguesa ao se confrontar com o conhecimento do espaço, do território, da paisagem e do lugar.
As discussões compreenderão a contribuição da literatura para a arquitetura e o urbanismo, para a sensibilização e o entendimento da sociabilidade, das culturas urbanas, das expressões sobre o morar e o viver, das cidades e das pessoas que vivem nelas.



Sub-temas
1. O território da língua portuguesa e outros territórios: as crônicas, os inventários e a literatura.
2. Patrimônio histórico: modelos e práticas que viajam com a língua portuguesa.
3. Arquitetura e Urbanismo: a navegação das idéias.
4. Viagens e iconografias.
5. Cartografias: a palavra e o desenho.
6. Do genius loci às paisagens físicas e imaginárias.

Data: 29 de outubro a 01 de novembro de 2012.
Local: FAU/USP – Cidade Universitária – São Paulo, Brasil

Mais detalhes em: http://www.fau.usp.br/espacosnarrados/

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Ziraldo completa 80 anos. Parabéns!


Filho de Zizinha com Geraldo (daí o nome Ziraldo), Ziraldo Alves Pinto era apaixonado por histórias em quadrinhos desde criança. Formou-se em direito em 1957, mesmo ano em que começou a publicar suas ilustrações na revista "A Cigarra".

Longe dos tribunais, o advogado marcou publicações como "O Cruzeiro" e o Jornal do Brasil, inserindo no cotidiano dos leitores uma série de personagens populares, caso de Jeremias, o Bom, a Supermãe e o Mineirinho.

Nos anos 1960, publicou "A Turma do Pererê", primeiro gibi brasileiro do gênero feito por um só autor. A revista, que tinha como personagem principal o próprio Saci Pererê, encerrou suas atividades em 1964, com a tomada do poder pelos militares.

O ano de 1969 foi crucial na carreira de Ziraldo. O cartunista tomou gosto pelo jornalismo e ajudou a criar "O Pasquim", jornal crítico ao regime militar do qual participaram nomes como Millôr Fernandes , Jaguar, Henfil, Paulo Francis e Ivan Lessa.

Ao mesmo tempo, lançou seu primeiro livro infantil, o premiado "Flicts". A história, que retrata uma cor que não encontrava seu lugar no mundo, foi elogiada até pelo astronauta norte-americano Neil Armstrong, que após ler o livro escreveu para o autor "the moon is Flicts" ("A lua é Flicts", em português).

Seu maior sucesso editorial, "O Menino Maluquinho", foi lançado em 1980. Ganhadora do prêmio Jabuti, a história foi adaptada para teatro, cinema e até ópera, com uma versão feita pelo maestro Ernani Aguiar.
Posteriormente, o personagem ganhou uma série de histórias em quadrinhos.

Irreverente, Ziraldo lançou em 1999 a revista "Bundas", uma sátira da revista "Caras", e posteriormente "O Pasquim 21", jornal semanal que fez alusão ao histórico "O Pasquim".

Ainda na ativa, o cartunista segue com trabalhos nas áreas de ilustração, literatura infantil, charges e histórias em quadrinhos.

Do Último Segundo

sábado, 20 de outubro de 2012

Tempos de paz

É de 2009, mas só agora pude ver.
 
Dan Stulbach e Tony Ramos protagonizam texto transposto para o cinema baseado na peça Novas diretrizes em tempos de paz, ganhadora, entre outros, do prêmio Shell. Stulbach é um polonês que chega ao Brasil no término da Segunda Guerra. Tony Ramos é o funcionário do governo encarregado de impedir qualquer ameaça da entrada de subversivos no país, bem no dia da promulgação das novas diretrizes de Getúlio Vargas.
  
Suspeitando de Clausewitz, a condição que o funcionário da imigração Segismundo impõe ao ator polonês, um apaixonado pela língua portuguesa, é de que o faça chorar, comprovando a veracidade de sua história para, assim, conseguir seu visto de entrada.
 
 Tudo isso, só para postar aqui um trecho do filme com o "Monólogo de Segismundo" (filho de um rei polonês aprisionado desde o nascimento), de Calderón de La Barca, encenado de forma belíssima por Stulbach.

 
 


A visceral questão humana, a liberdade! Uma grande homenagem do cinema ao teatro!

Cumps



 



sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Os vencedores do Prêmio Jabuti de 2012

Já conferiu os vencedores do Jabuti?

1. Capa
1º - A anatomia de John Gray - Leonardo Iaccarino - Editora Record
2º - Ratos - Marcelo Martinez (Laboratório Secreto) - Editora Intrínseca
3º - Dresden - Elmo Rosa - Editora Record



2. Ilustração
1º - Bananas podres - Ferreira Gullar - Casa da palavra
2º - Água sim - Andrés Sandoval - Companhia das Letrinhas
3º - O ovo ou a galinha? - Gustavo Rosa - Editora Rideel

3. Ilustração de Livro Infantil e Juvenil
1º - Mil e uma estrelas - Marilda Castanha - Editora SM
2º - A visita - Lúcia Hiratsuka - Editora DCL
3º - Carmela vai à escola - Elisabeth Teixeira - Editora Record

4. Arquitetura e Urbanismo
1º - A arquitetura de Croce, Aflalo e Gasperini - Fernando Serapião - Editora Paralaxe
2º - Warchavchik fraturas da vanguarda - José Lira - Cosac & Naify
3º - Galo cantou: A conquista da propriedade pelos moradores do Cantagalo - Paulo Rabello de Castro - Editora Record

5. Artes
1º - Samico - Weydson Barros Leal - Editora Bem-te-vi
2º - Brecheret e a Escola de Paris - Daisy Peccinini - FM Editorial
3º - F. O. Fayga Ostrower Ilustradora - Eucanaã Ferraz - Instituto Moreira Sales

6. Biografia
1º - Fernando Pessoa: uma quase autobiografia - José Paulo Cavalcanti Filho - Editora Record
2º - Cláudio Manuel da Costa - Laura de Mello e Souza - Companhia das Letras
3º - Antônio Vieira - Ronaldo Vainfas - Companhia das Letras

* Homenagem Póstuma: Eu vi o mundo - Cícero Dias - Cosac & Naify

7. Ciências Exatas
1º - Eletrodinâmica de Ampére - André Koch Torres Assis e João Paulo Martins De Castro Chaib - Editora UNICAMP
2º - Química medicinal: métodos e fundamentos em planejamento de fármacos - Carlos A. Montanari (org.) - Edusp
3º - Substâncias orgânicas: estrutura e propriedades - Nídia Franca Roque - Edusp

8. Ciências Humanas
1º - A política da escravidão no Império do Brasil: 1826-1865 - Tâmis Parron - Editora Civilização Brasileira
2º - Ritmo espontâneo: organicismo em raízes do Brasil de Sergio Buarque de Holanda - João Kennedy Eugênio - Editora da Universidade Federal do Piauí
3º - Oniska: poética do xamanissmo na Amazônia - Pedro de Niemeyer Cesarino - Editora Perspectiva

9. Ciências Naturais
1º - Fundamentos da Paleoparasitologia - Luiz Fernando Ferreira, Karl Jan Reinhard e Adauto Araújo (orgs.) - Editora Fiocruz
2º - Energia Eólica - Série Sustentabilidade - Eliane A. Faria Amaral Fadigas - Editora Manole
3º - Gestão do Saneamento Básico - Abastecimento de água e esgotamento sanitário - Coleção Ambiental - Arlindo Philippi Jr., Alceu de Castro Galvão - Editora Manole

10. Ciências da Saúde
1º - Clínica Psiquiátrica - A visão do Depto. e do Instituto de Psiquiatria do HCFMUSP - Eurípedes Constantino Miguel, Valentim Gentil, Wagner Farid Gattaz - Editora Manole
2º - Coluna vertebral - Série Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem - João Luiz Fernandes e Francisco Maciel Júnior - Editora Elsevier
3º - Tratado de Gastroenterologia - Federação Brasileira de Gastroenterologia - Editores: Schlioma Zaterka e Jaime Natan Eisig - Editora Atheneu

11. Comunicação
1º - O império dos livros: instituições e práticas de leitura na São Paulo Oitocentista - Marisa Midori Deaecto - Edusp
2º - Repressão e resistência: censura a livros na Ditadura Militar - Sandra Reimão - Edusp
3º - Linha do tempo do design gráfico no Brasil - Chico Homem de Melo e Elaine Ramos Coimbra - Cosac & Naify

12. Contos e Crônicas
1º - O Destino das metáforas - Sidney Rocha - Editora Iluminuras
2º - O anão e a ninfeta - Dalton Trevisan - Editora Record
3º - O livro de Praga - Sérgio Sant'Anna - Companhia das letras

13. Didático e Paradidático
1º - Mundo Leitor - linhas da vida: caderno do orientador - Áureo Gomes Monteiro Junior, Celia Cunico, Marcia Porto e Rogerio Coelho - Ahom Educação
2º - Bullying e cyberbullying - O que fazemos com o que fazem conosco? - Maria Tereza Maldonado - Editora Moderna
3º - Atlas Histórico - Geral & Brasil - Cláudio Vicentino - Editora Ática

14. Direito
1º - Direitos da criança e do adolescente em face da TV - Antonio Jorge Pereira Júnior - Editora Saraiva
2º - O Estado e o direito depois da crise - Série Direito em Debate - DDJ - José Eduardo Faria - Editora Saraiva
3º - Direito Internacional Penal - Imunidades e Anistias - Cláudia Perrone-Moisés - Editora Manole

15. Economia, Administração e Negócios
1º - Aprendizagem organizacional no Brasil - Claudia Simone Antonello e Arilda Schmidt Godoy - Artmed
2º - A gestão da Amazônia: ações empresariais, políticas públicas, estudos e propostas - Jacques Marcovitch - Edusp
3º - Empresas proativas: como antecipar mudanças no mercado - Leonardo Araújo e Rogério Gava - Editora Elsevier

16. Educação
1º - Alfabetização no Brasil: uma história de sua história - Maria do Rosário Longo Mortatti (org.) - Editora Cultura Acadêmica - Oficina Universitária
2º - Avaliação da aprendizagem - componente do ato pedagógico - Cipriano Carlos Luckesi - Cortez Editora
3º - Educação infantil: Enfoques em diálogo - Eloisa A. C. Rocha e Sonia Kramer (orgs.) - Editora Papirus

17. Fotografia
1º - Os Chicos - Fotografia - Leo Drumond - Nitro Editorial
2º - A Riqueza de Um Vale - Ricardo Martins - Editora Kongo/FM Editorial
3º - Amazônia - Araquém Alcântara e Alex Atala - Editora Terra Brasil

18. Gastronomia
1º - Ambiências: histórias e receitas do Brasil - Mara Salles - Editora DBA
2º - Histórias, lendas e curiosidades da gastronomia - Roberta Malta Saldanha - Editora SENAC Rio
3º - Dicionário do vinho - Maurício Tagliari e Rogério de Campos - Companhia Editora Nacional

19. Infantil
1º - Benjamin: Poemas com desenhos e músicas - Biagio D'Angelo - Editora Melhoramentos
2º - O herói imóvel - Rosa Amanda Strausz - Editora Rovelle
3º - Votupira o vento doido da esquina - Fabrício Carpinejar - Edições SM

20. Juvenil
1º - A mocinha do Mercado Central - Stella Maris Rezende - Editora Globo
2º - A guardiã dos segredos de família - Stella Maris Rezende - Edições SM
3º - As memórias de Eugênia - Marcos Bagno - Editora Positivo

21. Poesia
1º - Alumbramentos - Maria Lúcia Dal Farra - Editora Iluminuras
2º - Vesuvio - Zulmira Ribeiro Tavares - Companhia das letras
3º - Roça Barroca - Josely Vianna Baptista - Cosac & Naify

22. Psicologia e Psicanálise
1º - Estrutura e constituição da psicanalítica: uma arqueologia das práticas de cura, psicoterapia e tratamento - Christian Ingo Lenz Dunker - Annablume Editora
2º - O novo inconsciente: como a terapia cognitiva e as neurociências revolucionaram o modelo do processamento mental - Marco Montarroyos Callegaro - Artmed
3º - Psicologia social: principais temas e vertentes - Cláudio Vaz Torres e Elaine Rabelo Neiva - Artmed

23. Reportagem
1º - Saga brasileira: a longa luta de um povo por sua moeda - Miriam Leitão - Editora Record
2º - O cofre do Dr. Rui - Tom Cardoso - Editora Civilização Brasileira
3º - O espetáculo mais triste da Terra - Mauro Ventura - Companhia das letras

24. Romance
1º - Nihonjin - Oscar Nakasato - Editora Saraiva
2º - Naqueles morros, depois da chuva - Edival Lourenço - Editora Hedra
3º - O estranho no corredor - Chico Lopes - Editora 34

25. Tecnologia e Informática
1º - Inteligencia Artificial: Uma abordagem de aprendizado de máquina - Katti Faceli, Ana Carolina, João Gama, Andre Carlos Ponce - Grupo Gen
2º - Tecnologia do Pescado - Ciência, Tecnologia, Inovação e Legislação - Alex Augusto Gonçalves - Editora Atheneu
3º - Sistemas colaborativos - Mariano Pimentel e Hugo Fuks (Orgs.) - Editora Elsevier

26. Teoria/Crítica Literária
1º - A Espanha de João Cabral e Murilo Mendes - Ricardo Souza de Carvalho - Editora 34
2º - Da estepe à caatinga: o romance russo no Brasil (1887 - 1936) - Bruno Barretto Gomide - Edusp
3º - Critica Textualis in Caelum Revocata? Uma Proposta de Edição e Estudo da Tradição de Gregório de Matos e Guerra - Marcello Moreira - Edusp

27. Turismo e Hotelaria
1º - História do Turismo no Brasil entre os séculos XVI e XX - Paulo de Assunção - Editora Manole
2º - Destinos de Sonho - 101 Viagens Inesquecíveis - Elaine Ianicelli, Gabriela Aguerre, Rosana Zakabi, Adriana Setti, Cristina Capuano e Maila Blöss - Editora Abril
3º - Lisboa em Pessoa - guia turístico e literário da capital portuguesa - João Correia Filho - Editora Leya

28. Projeto Gráfico
1º - Linha do tempo do design gráfico no Brasil - Chico Homem de Melo e Elaine Ramos Coimbra - Cosac & Naify
2º - 40 microcontos experimentais - Airton Cattani - Editora Marca Visual
3º - Aventuras de Alice no subterrâneo - Adriana Peliano - Editora Scipione

29. Tradução
1º - Odisseia - Trajano Vieira - Editora 34
2º - Guerra e paz - Rubens Figueiredo - Cosac & Naify
3º - Madame Bovary - Mário Laranjeira - Companhia das Letras

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Bibliotecas de Metrô e CPTM serão desativadas

Motivo para encerrar projeto é a falta de patrocínio; empréstimos foram encerrados em Santa Cecília, Tatuapé, Brás e Terminal Sacomã

Alternativas à falta de tempo e à dificuldade que paulistanos têm para encontrar espaços para empréstimo de livros, as bibliotecas do Embarque na Leitura, instaladas em estações de metrô e trem, fecharão até o fim deste mês. A informação foi confirmada pelos funcionários do Instituto Brasil Leitor (IBL), idealizador do projeto. O motivo do encerramento, de acordo com o instituto, é a falta de patrocínio há mais de dois anos.

A única que continuará aberta ao público será a da Estação Paraíso, da Linha 1-Azul e 2-Verde do Metrô, que ainda é patrocinada por uma siderúrgica suíça e tem o maior número de usuários inscritos, mais de 20 mil. As demais, das Estações Santa Cecília e Tatuapé, da Linha 3-Vermelha, da Estação Brás, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), e do Terminal Sacomã, intitulada de Leitura no Ponto, fecharão o balcão de atendimento ao público no dia 31. Os empréstimos foram encerrados anteontem e as unidades passaram apenas a receber os exemplares cedidos anteriormente.

A professora Bianca Luna, de 32 anos, ficou decepcionada com a notícia. "É uma vergonha isso acontecer. Ninguém colabora com a cultura", desabafou a frequentadora da biblioteca da Estação Santa Cecília.

Leitora de obras espíritas, a operadora de caixa Fernanda Belini, de 33 anos, frequenta a unidade da Estação Tatuapé há seis meses. "Vim aqui para renovar o empréstimo de um livro que consegui ler só até a metade, mas infelizmente não vai dar."

A bancária Elizabeth Melo, de 31 anos, que frequenta o projeto desde o início, em 2004, lembra que já precisou de livros específicos para estudos e os encontrou nas bibliotecas. "É lamentável saber que não poderei contar mais com esse incentivo."

Encerramento. Segundo uma funcionária que não quis se identificar, todos os atendentes serão demitidos até o fim do mês e os livros voltarão para o acervo do Instituto Brasil Leitor. "É uma pena que isso esteja acontecendo." A informação não foi confirmada pela entidade.

O IBL reconheceu que a situação chamou a atenção de possíveis patrocinadores, que poderão viabilizar as bibliotecas novamente. Mas informou que poderia dar mais detalhes.

O Metrô afirma que apoia o projeto com a concessão do espaço para a instalação das bibliotecas e está disposto a manter parcerias com o IBL. A Assessoria de Imprensa da CPTM, que desconhecia o fechamento da biblioteca no Brás, limitou-se a dizer que "fez a cessão de espaço e o IBL administra a unidade".

Monique Abrantes, do Jornal da Tarde

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

FBN abre inscrições para o Colóquio França Brasil: Olhares Cruzados

Estão abertas as inscrições para o Colóquio França Brasil: Olhares Cruzados, que será realizado pela Fundação Biblioteca Nacional nos dias 22 e 23 de outubro, em parceria com a Biblioteca Nacional da França, a Mediateca da Maison de France e o Consulado Geral da França no Rio de Janeiro. O colóquio faz parte de um calendário de eventos anuais criados em 2008 pelas bibliotecas nacionais do Brasil e da França e que têm como objetivo debater cultura e literatura tendo como ponto central as particularidades franco-brasileiras.

O colóquio contará com palestras de especialistas franceses e brasileiros, como Michel Riaudel, professor da Université de Paris X (Nanterre) e doutor em Literatura, Régine Piersanti, Diretora da Biblioteca Nacional da França, Angela Monteiro Bettencourt, Diretora da Biblioteca Nacional Digital, Augusto Ivan de Freitas Pinheiro, Urbanista e Escritor, entre outros.

A abertura do evento terá ainda a participação de dois renomados chefs de cozinha, Renato Freire, da Confeitaria Colombo, e Damien Montecer, do Restaurante Térèze, ambos do Rio de Janeiro, que contarão um pouco de suas histórias e da mistura das gastronomias francesa e brasileira. Após a palestra, haverá ainda o lançamento da Revista Gastronomia Rio.

As inscrições devem ser feitas através do email coloquiofrbr@bn.br. Mais informações pelo telefone  21 22204281.

Como resultado da parceria entre as Bibliotecas Nacionais, foi criado um portal que congrega um acervo de documentos representativos –– mapas e fotografias, textos impressos e desenhos – da história das relações entre a França e o Brasil desde os albores do século XVI até o início do século XX. O portal pode ser acessado no endereço www.bndigital.bn.br/francebr.

Dia 22 de outubro: 17h30 - Abertura por Galeno Amorim, presidente da Fundação Biblioteca Nacional e Jean-Claude Moyret, Consul Geral da França no Rio de Janeiro
18h - O elo histórico e gastronômico entre o Brasil e a França: Debate de amizade gastronômica - Chef Renato Freire da Confeitaria Colombo e Chef Damien Montecer Relais & Château do Restaurante Térèze.
19h - Lançamento da Revista Gastronomia Rio

Dia 23 de outubro: 10h-11h - Literatura em mão dupla: o caso da França e do Brasil - Michel Riaudel
11h- 12h - Fotografia franco-brasileira : olhares refletidos – Joaquim Marçal
12h-14h - Almoço
14h-15h - A Herança francesa no cenário do Rio de Janeiro – Augusto Ivan de Freitas Pinheiro
15h-16h - Viajar e escrever / viagens da escrita: peregrinação e circulação da informação (século XVII- século XIX) - Ilda Mendes dos Santos                    
17h-17h30 - O desenvolvimento do portal: Régine Piersanti e Angela Monteiro Bettencourt

Serviço:
Colóquio França Brasil: Olhares Cruzados
Data: 22 e 23/10
Horário: dia 22/20, das 17h30 às 19h e dia 23/10, das 10h às 18h
Inscrições: coloquiofrbr@bn.br

*Do site da FBN

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Aniversário de Jane Eyre!


Charlotte Brontë

- Uma mulher à frente de seu tempo.

- Uma história de amor.

- Um conto de terror e mistério.

- Um clássico.

- Um romance inesquecível.

Em 16 de outubro de 1847 era publicado na Inglaterra Jane Eyre, de Charlotte Brontë, sob o pseudônimo Currer Bell.

Uma órfã mandada a um terrível colégio interno e, depois, governanta na sinistra mansão de Thornfield Hall.

O patrão esconde um segredo sob suas maneiras rudes e comportamento taciturno. Jane não é uma mulher que vai deixar o caso guiar seu destino. A prosa elegante de Charlotte Brontë conduz o romance delicado e assustador.

Se você ainda não leu, recomendo começar logo!

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Editora britânica vai lançar livro perdido de Tolkien


Keystone/Getty Images

A editora britânica HarperCollins anunciou nesta terça que prepara para 2013 a primeira edição de The Fall of Arthur (A Queda de Rei Arthur, em tradução direta), livro inédito de J. R. R. Tolkien (1892 - 1973). Na obra, o criador de O Senhor dos Anéis narra em versos os últimos dias do lendário Rei Arthur, da Inglaterra.

Criado nos anos 1930, o livro foi deixado de lado por Tolkien, que preferiu investir em O Hobbit, espécie de apêndice da saga O Senhor dos Anéis, e permaneceu intocado por 80 anos.

Para a publicação pela HarperCollins, a obra foi editada pelo filho do escritor, Christopher, que também assina três ensaios para o volume, nos quais fala do trabalho árduo do pai na construção do livro, explora o universo do Rei Arthur e faz conexões entre a queda de Arthur e a maior criação de Tolkien, a Terra-média, cenário de sua famosa série.

Da Veja

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Escritor chinês Mo Yan vence o Nobel de Literatura 2012

A Academia Sueca anunciou o escritor chinês Mo Yan como o vencedor do prêmio Nobel de Literatura 2012, na manhã desta quinta-feira (11). O anúncio foi feito em Estocolmo, na Suécia, às 8h no horário de Brasília, pelo porta-voz do Comitê Nobel que disse: "com realismo alucinatório, ele funde contos populares, a história e o lado contemporâneo".

Segundo o Twitter oficial do Nobel, ao saber do prêmio, Mo Yan estava em casa e disse estar "muito feliz e com medo". O escritor é o segundo chinês a ganhar o Nobel de Literatura, sendo Gao Xingjian o outro, premiado em 2000.

Aos 57 anos, o autor do romance "The Garlic Ballads" (publicado em inglês em 1995 e ainda sem tradução para o português) concorria com nomes como o japonês Haruki Murakami, o húngaro Péter Nádas, e o holandês Cees Nooteboom. Mo Yan também é conhecido por ser o autor dos dois livros que deram origem ao filme "Sorgo Vermelho"  (1987), de Zhang Yimou, vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim.

O escritor receberá a honraria pelo retrato da conturbada história de seu país, em uma descrição em que se mesclam as tradições e os ritos do mundo rural e em uma linguagem de realismo e magia, assim como a ironia e a sensibilidade, segundo a descrição da Academia.

O prêmio Nobel de Literatura é oferecido anualmente, desde 1901, ao escritor de qualquer nacionalidade que, de acordo com as palavras do próprio Alfred Nobel, criador da honraria, "tenha produzido, no campo literário, a obra mais notável em uma direção ideal".

Segundo a Academia Sueca, 210 escritores disputavam o prêmio neste ano, sendo que 46 deles não haviam sido candidatos em edições anteriores.

O comitê do Nobel envia cartas-convite aos autores qualificados para receber uma indicação ao prêmio. Candidatos qualificados mas que não receberam convite também podem se inscrever. Os nomes dos indicados só podem ser revelados 50 anos depois da premiação.

O Nobel de Literatura 2012, no valor de 8.000.000 de coroas suecas (aproximadamente R$ 2,434 milhões), 20% menos que o ano passado. Em 2011, o vencedor foi o poeta sueco Tomas Tranströmer, 81, cuja obra é inédita no Brasil. Em 2010, o romancista peruano Mario Vargas Llosa foi o escolhido pela Academia Sueca.

Biografia

O escritor chinês Mo Yan, que, na verdade, se chama Guan Moye, passou a usar seu pseudônimo ("Não Fale", em mandarim) a partir da publicação de seu primeiro livro.

Nascido em 1955 em uma família de granjeiros, o Nobel de Literatura 2012 abandonou os estudos na quinta série devido à Revolução Cultural. Após trabalhar no campo e em uma fábrica durante seus anos de adolescência e juventude, Mo Yan entrou para o Exército chinês em 1976. Em 1981, ele começou a escrever contos e, em 1984, se matriculou na Academia de Arte do Exército.

Em 1987, um ano depois de ser formar, publicou o "Red Sorghum: a Novel of China" ("Hong gaoliang jiazu", no original), livro que lhe lançou à fama. Dois anos mais tarde viria "Tiantang Suantai Zhi Ge" ("As Baladas do Alho", em livre tradução).

O livro que ele considera sua obra de maior destaque, "Fengru Feitun" ("Peitos grandes e Quadris Largos", em livre tradução), foi lançado em 1995. O romance causou uma grande polêmica na China por seu conteúdo sexual, o Exército chinês obrigou o escritor a fazer uma autocrítica, enquanto o livro foi retirado de circulação.

Depois de ter abandonado as Forças Armadas, Mo começou a trabalhar como editor de jornal, embora continuasse escrevendo seus livros, como "Tanxiangxing" ("A Tortura do Sândalo", em livre tradução), de 2001, e "Wa" ("Rã", em livre traduçlão), de 2009.

Nos últimos dias, a imprensa chinesa passou a abordar a possibilidade de Mo Yan ganhar o prêmio, o primeiro Nobel entregue a um escritor chinês radicado no país, já que Gao Xijian, premiado em 2000, residia na França e tinha nacionalidade francesa.

Seguidor do conselho que deu a si mesmo ao escolher seu pseudônimo, Mo Yan optou pelo silêncio nestes dias que antecedeu a definição do prêmio e deverá permanecer assim.

Em algumas ocasiões anteriores, o escritor chinês já tinha advertido que não diria nada em uma situação como esta. "Uma vez que dissesse algo, eles me atacariam, como muitos já criticaram os escritores chineses pela ansiedade em torno do Nobel", declarou Mo.

Reportagem da UOL

domingo, 7 de outubro de 2012

Debate sim, censura não

Desculpem, não resisti. O assunto tem sido falado à exaustão, mas eu não queria deixar de discorrer sobre só porque ih-já-se-disse-muito-sobre-isso.

Sem mais delongas, vim falar da polêmica sobre os livros de Lobato. Especificamente Caçadas de Pedrinho e A Moreninha, acusados de racistas e levados ao Supremo Tribunal Federal, por uma ação da Iara (Instituto de Advocacia Racial e Ambiental), que exige a retirada de tais livros das salas de aula.

Poderíamos começar por tentar defender o escritor e divagar sobre sua imensa atuação não só na literatura – especialmente a infantil –, nesta terra de Santa Cruz, mas também nos campos econômico, político e cultural. Vale ressaltar sua preciosíssima contribuição para a produção editorial nacional, fundando a primeira editora brasileira.

Eis que, de repente, o visionário de O presidente negro e grande propagador da lenda do saci é taxado de eugenista.

Mesmo que assim o fosse, a discussão não é esta. Eu não considero Dom Casmurro uma obra-prima porque Machado de Assis era um cara legal. O livro é grande por si só. E eu também não acho o Brás Cubas, o Riobaldo ou a Macabéa personagens gigantes porque eram exemplos de boa moral e conduta.

De fato, se você estiver com a ideia pré-concebida de que Monteiro Lobato era racista e ler apenas a frase “A pobre negra era ainda mais desajeitada que Rabicó e Dona Benta somados”, você logo vai pensar “que sujeitinho preconceituoso, esse escritor”.

Mas se você começar a contextualizar um pouco - o livro como um todo, a obra literária do autor e o contexto da época -, vai ver que não é bem assim. Mesmo que fosse puro racismo dos personagens do Sítio, a questão bem poderia estar ali para retratar uma mentalidade da época, ou mesmo chocar o leitor, o que contribuiria para trazer a discussão à tona.

Vale lembrar que apesar de citar a cor de tia Nastácia (é Nastácia, não Anastácia, gente!) com muita frequência e colá-la como desfavorecida, é interessante ver que, mesmo não sendo parente de sangue de ninguém, ela era chamada sempre de tia.

Não estou aqui dizendo que os brasileiros são bonzinhos e que não têm preconceito. Mas percebe-se, inclusive pela obra de Lobato, como a discriminação e o afeto desse homem cordial brasileiro se misturam. É o velho samba do “morde e assopra”. Isso não significa que, necessariamente, Lobato concordava com isso, e, de novo, a opinião dele é o que menos importa.

O que é uma pena é querer apagar do currículo escolar obras tão importantes quanto essas, por um simples reducionismo de valor. Tais apontamentos podem ser, justamente, debatidos em aula, com propostas interdisciplinares, inclusive.

Lobato era um homem que ia primeiro escutar as pessoas, para depois escrever sobre a lenda. Seria interessante “ouvi-lo”, ao entender sua grandeza na produção cultural do Brasil, antes de discriminá-lo. No mais, a discussão é sempre válida, mas, por favor, censura não.

 Tia Nastácia e Saci (primeira versão da TV Globo)
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