terça-feira, 26 de junho de 2012

Qual é o verdadeiro rosto de Jane Austen?

Informações do The Guardian

Novas evidências podem ter revelado o verdadeiro rosto de uma das autoras britânicas mais amadas. Usando ferramentas de fotografia digital, analistas revelaram palavras escritas em uma pintura a óleo muito polêmica, que os donos alegam mostrar Jane Austen quando era adolescente.

As palavras descobertas parecem incluir não apenas o nome da autora, mas também o do suposto artista.
No canto superior direito de uma reprodução do retrato antes de a pintura ser restaurada, o nome Jane Austen é visível. Perto dele, em dois lugares, aparece o nome Ozias Humphry, um pintor de retratos conhecido da época.

As palavras foram digitalmente melhoradas usando ferramentas que foram validadas independentemente pelo especialista em fotografia Stephen Cole, que passou mais de 20 anos analisando evidências fotográficas de casos criminais.

O retrato, pertencente à família Rice, decendente direta de um dos irmãos de Jane, tem sido objeto de debate quase desde que apareceu, no final do século XIX. Os Rice dizem que foi pintado durante uma visita da família Austen à casa da tia-avó de Jane, Francis, em Kent, em 1789, quando Jane tinha 13 anos.

No entanto, desde a década de 1940, especialistas em arte, liderados pela National Portrait Gallery, fizeram objeções, principalmente dizendo que o estilo do vestido da garota e a composição geral datam a pintura em depois de 1800. Nessa época, Jane estaria na casa dos 20 anos, velha demais para ser a garota retratada. Mas as novas evidências também oferecem pistas importantes para contradizer a visão estabelecida

Franis Austen era patrono do trabalho de Humphry e também posou para um retrato dele. Uma informação crucial é que Humphry ficou cego em 1797 e parou de pintar. Assim, o retrato tem de ser anterior a essa data.  O intrigante é que a análise digital também pareceu revelar a data 1789, quando Jane tinha 13 anos, a idade exata da menina retratada.

As imagens conhecidas de Jane Austen até hoje são um desenho feito pela irmã da autora, Cassandra, em 1810, cuja autenticidade ainda é contestada:


E uma "nova" imagem apresentada por uma estudiosa de Jane Austen, Paula Byrne, que acredita-se ser datada de 1815, dois anos antes de a autora falecer. Porém, esse retrato é cercado de desconfiança, pois foi "descoberto" logo antes do lançamento de um livro de Paula Byrne sobre Jane Austen.


E aí... Qual é a Jane Austen da sua imaginação?

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Bandeirinha

Confira um interessante documentário de Joaquim Pedro de Andrade, mostrando um pouco do cotidiano de Manuel Bandeira, no centro do Rio, com a presença e versos do próprio autor.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Dicas para escritores

A escritora canadense Margaret Atwood escreveu uma lista engraçada de dicas para escritores. Apesar de ainda não ter lido nenhum trabalho dela, eu gostei tanto da lista que resolvi reproduzi-la aqui:

1 Pegue um lápis para escrever em aviões. Canetas vazam. Mas pontas de lápis quebram e você não pode apontá-las no avião, pois não pode levar facas com você. Assim: pegue dois lápis.

2 Se as pontas dos dois lápis quebrarem, você pode apontá-los grosseiramente com uma lixa de unha de metal ou vidro.

3 Leve algo em que escrever. Papel é bom. Em um bloco, em pedaços de madeira ou no seu braço dá para usar.

4 Se estiver usando um computador, sempre proteja os textos novos com um pendrive.

5 Faça exercícios para as costas. A dor distrai.

6 Prenda a atenção do leitor. (Isso provavelmente funcionará melhor se você conseguir prender a sua atenção.) Mas você não sabe quem é o leitor, assim, é como atirar em peixes com um estilingue no escuro. O que fascina A vai entediar B até a morte.

7 É bem provável que você precise de um dicionário de sinônimos, uma gramática rudimentar e uma noção de realidade. Esta última significa: não existe almoço de graça. Escrever é trabalho. Também é uma aposta. Você não tem um plano de pensão. Outras pessoas podem ajudá-lo um pouco, mas, essencialmente, você está por conta própria. Ninguém o está forçando a isso: foi sua escolha, não reclame.

8 Você nunca pode ler seu próprio livro com a expectativa inocente que vem com aquela deliciosa primeira página de um novo livro, porque você o escreveu. Você esteve nos bastidores. Você viu como os coelhos foram colocados às escondidas no chapéu. Assim, peça a um amigo ou dois, que gostem de ler, para darem uma olhada no texto antes de mandá-lo para qualquer pessoa do mundo editorial. Esse amigo não deve ser alguém com quem você tenha um relacionamento amoroso, a menos que você queira terminá-lo.

9 Não se sente no meio da floresta. Se estiver perdido no enredo ou sofrendo um bloqueio, refaça seu caminho até o lugar onde errou. Depois, pegue a outra estrada. E/ou mude de pessoa. Mude o tempo verbal. Mude a primeira página.

10 Rezar pode dar certo. Ou ler outra coisa. Ou uma visualização constante do Santo Graal que é a versão finalizada e publicada do seu resplandecente livro.

Foto: Wikipedia

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Literatura italiana


“E quando lhe perguntavam o que fazia ali encostado à parede debaixo do campanário, o patrão ‘Ntoni respondia que esperava a morte, que não queria vir buscá-lo, porque os infelizes têm vida longa.


Josélia Aguiar, do jornal A Folha de São Paulo, escreveu há alguns dias um texto sobre a literatura italiana que precisamos conhecer mais.

Ela informava que até julho acontecerá uma programação que inclui mesas, poesia, performance e exposição dedicadas à literatura italiana na Casa das Rosas, em São Paulo. Começou no último fim de semana, quando o principal tema foi o poeta Giuseppi Ungaretti.

Citou escritores importantes como Antonio Tabucchi, Italo Calvino e outros autores italianos que são publicados no Brasil.

Senti falta de uma menção a Giovanni Verga (1840-1922), escritor italiano, autor de vários livros, entre eles o mais notável: Os Malavoglia (I Malavoglia), de 1881.

Considerado o maior expoente do movimento chamado Verismo – corrente que foi a versão italiana do naturalismo francês – Verga tinha como um dos pressupostos estéticos a representação da realidade.

Nesse romance, Verga trata do universo de Aci Trezza, pequeno vilarejo de pescadores localizado na Sicília. A narrativa é sobre as experiências da família Toscano, mas conhecida pela alcunha de os Malavoglia (literalmente: os preguiçosos), o que não espelha o real comportamento dos seus membros – che erano tutti buona e brava gente di mare.

Seus personagens lutam pela sobrevivência perante um destino que se impõe implacável. Barcos são destroçados no mar e almas esmagadas em terra. Um romance sem fronteiras temporais ou geográficas e que se vale do uso abundante de provérbios, modos de dizer, epítetos, tendo por base a oralidade siciliana. Certa vez, Verga contou em uma carta que aproveitava a estada à beira-mar para observar de perto “aqueles pescadores e colhê-los vivos como Deus os fez”.

Os Malavoglia seria parte do que se chamou “O ciclo dos vencidos”.

Essa temática nos soa bem familiar quando pensamos nos filmes neorrealistas. E procede.

A relação de Luchino Visconti com a literatura foi sempre intensa e o argumento de A terra treme (1948) baseava-se em Os Malavoglia. A obra de autor italiano com que Visconti mais dialogou foi a de Verga. Aparentemente, o escritor siciliano estaria só na base do roteiro de A terra treme, quando, na verdade, é possível apontar sua presença também em Rocco e seus irmãos e até em O leopardo.

Verga era definido pelos críticos de cinema como o poeta do homem siciliano, "sempre a viver de sofrimento e espera".

Fica a dica.

Cumps.

O grande fingidor

"Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido"
Em 13 de junho de 1888 nascia um dos maiores poetas que a língua portuguesa teve o orgulho de ser mãe. Fernando Pessoa não era um, era vários (entre ortônimo e heterônimos), era o "poeta fingidor" por excelência. A sua poesia fala sobre temas que superam o tempo e a geografia e, por isso, será eterna.

Esta é uma simples homenagem do “Vá se for ler!” ao poeta que acreditava que tudo valia a pena. Nós também acreditamos, Pessoa, nós também.




quarta-feira, 13 de junho de 2012

Da aurora da vida

O site Flavorwire postou imagens das casas onde alguns autores famosos moravam quando crianças.

Selecionamos oito, das 20 apresentadas:



A casa do famoso autor dinamarquês de obras infantis Hans Christian Andersen (A pequena sereia, Patinho Feio, O Soldadinho de Chumbo, entre outros), me lembra alguns hotéis de Campos do Jordão, interior de São Paulo.


Olha que quintal gigante para estimular a criatividade do escritor estadunidense, William Faulkner, merecedor do prêmio Nobel de Literatura em 1949.


Esta era a elegante morada em que Ernest Hemingway, autor de Por Quem os Sinos Dobram, viveu até os 18 anos, quando saiu de casa, Oak Park (Illinois), para trabalhar como repórter no Kansas City Star.



Franz Kafka, autor de A Metamorfose, passou a infância nesta moradia, chamada "casa ao minuto", em Praga.




Eis a casa do poeta modernista estadunidense Ezra Pound, que foi doada para o Sun Valley Center for the Arts em 2005 e, agora, está aberta à visitação.


Olha que aprazível o lugar onde morava Hunter S. Thompson,  jornalista estadunidense criador do chamado "jornalismo gonzo", produção midiática que privilegia a subjetividade e a postura ativa do narrador.



 Uma das moradias de infância de J.R.R. Tolkien, o autor de O Senhor dos Anéis, tornou famoso o estilo Fern Cottage, um tipo casa de campo. É a minha preferida...Por que será?rs



Esta é a fachada da casa de verão e local de muita inspiração da autora britânica, Virginia Woolf, em St.Ives, no condado da Cornualha.



Inspiradoras, não?:)

Mais casas de outros autores e os devidos créditos estão no post do Flavorwire.

Programação do Bloomsday em São Paulo

Uma celebração “italiana” do Bloomsday em São Paulo

Em 2012, o Bloomsday paulistano – evento que celebra anualmente a obra do célebre escritor irlandês James Joyce – criado em 1988 por Haroldo de Campos e organizado, hoje, por Marcelo Tápia e Ivan de Campos – chega à sua 25ª edição, com uma programação especial que incluirá dois dias de atividades: um na Casa Guilherme de Almeida e outro no Finnegan´s Pub, onde tem sido realizada, desde a criação do evento, uma comemoração lítero-musical baseada na obra de Joyce.

A edição deste ano focalizará especialmente – em comemoração ao Momento Itália-Brasil – a produção de Joyce durante sua estada nas cidades italianas de Pola, Trieste (ambas pertenciam à Áustria, na época) e Roma, locais em que concebeu e escreveu parte dos contos de "Dubliners", do incompleto "Stephen Hero" (que originaria o "Retrato do artista quando jovem") e de sua obra-prima, o romance "Ulysses". O evento incluirá, em seu programa, referências a tais obras, assim como à experiência literária por ele realizada durante o período em que viveu em Trieste, "Giacomo Joyce", dedicada a uma “tentativa de educação sentimental de uma jovem italiana” (no dizer de Richard Elmann); publicada apenas postumamente, a obra será uma das referências centrais para o Bloomsday 2012.


Programação na Casa Guilherme de Almeida

SEXTA-FEIRA
15 de junho

18h: Palestra - Italo Svevo e Leopold Bloom: a construção do personagem de "Uysses"
Por Maria Teresa Quirino.
A estudiosa da obra joyciana Maria Teresa Quirino comenta a concepção do personagem central de "Uysses", Leopold Bloom, a partir do escritor italiano Italo Svevo, aluno e amigo de James Joyce.

18h45: Mesa-redonda - Joyce ensaísta, em português
O livro recém-editado "De santos e sábios", coletânea de ensaios de James Joyce apresentados pela primeira vez em língua portuguesa – e que contêm referências à vivência do autor na Itália –, será tema de um debate com os tradutores Dirce Waltrick (Florianópolis), Sergio Medeiros (Florianópolis) e Caetano Galindo (Curitiba).

20h: Novas traduções: uma apresentação de "Ulysses" e "Stephen Hero" por seus tradutores
Caetano Galindo, autor da nova tradução de "Ulysses", e José Roberto O’Shea, tradutor de "Stephen Hero" (ainda não disponível ao público) e "Dubliners" (cuja segunda edição, que acaba de sair, traz uma "nova tradução" do livro, segundo O’Shea) compõem esta mesa, que pretende apresentar os pontos de vista de cada tradutor e os procedimentos utilizados ao verterem para o português as obras de James Joyce. Na ocasião, haverá sessão de autógrafos de "Ulysses" (Companhia das Letras, 2012), e de "Dublinenses" (Hedra, 2012), pelos respectivos tradutores.
Após as apresentações, haverá degustação de Jameson Irish Whiskey, um dos apoiadores do evento.

SÁBADO
16 de junho

16h30: Encontro Peripatético Especial - Ulisses Molly Bloom – dançando para adiar
Por Lígia Helena e Paulo Gircys.
No dia 16 de junho (o “Dia de Bloom” propriamente dito, pois toda a narrativa do romance "Ulysses", do qual Bloom é personagem central, passa-se nesse dia, no ano de 1904), a atividade se iniciará com breve apresentação dos atores do espetáculo "Ulisses Molly Bloom – dançando para adiar". Em seguida, os participantes acompanharão os atores em trajeto até o Finnegan´s Pub, durante o qual ocorrerão paradas para representação de outros trechos do espetáculo. Na chegada ao bar, os atores ainda farão uma intervenção, que servirá de preâmbulo ao programa especificado a seguir.


Programação no Finnegan´s Pub

(Rua Cristiano Viana, 358)
Coordenação do programa: Marcelo Tápia e Ivan de Campos. Colaboração: Maria Teresa Quirino.

18h: Degustação de Jameson Irish Whiskey, com palestra do embaixador da marca no Brasil, Bruno Meirelles.

18h30: Programa
1. Abertura, por Marcelo Tápia e pelo Grupo Irish Dreams, de música irlandesa tradicional.
2. "Giacomo Joyce": leitura dramatizada de trechos do livro (em tradução de Paulo Leminski), pelo ator Marcos Reis, seguida de leitura dos poemas "A flower given to my daughter" e "Tutto è sciolto", em inglês (por Francesca Cricelli) e na tradução de Marcelo Tápia, pelo tradutor.
3. Leitura do original, da tradução em português (de Caetano Galindo, pelo tradutor) e da tradução ao italiano (de Giulio de Angelis, por Aurora Bernardini e Francesca Cricelli) de fragmentos do episódio "Lestrigões", de "Ulysses", que apresenta uma caracterização do personagem Bloom, abordado em suas relações com Svevo.
4. Apresentação de canções italianas mencionadas por Joyce em sua obra, por Marcelo Tápia e músicos convidados. Breve comentário sobre as canções, por Maria Tereza Quirino.
5. Leitura de fragmento de "Stephen Herói", na tradução de José Roberto O’Shea, pelo tradutor.
6. Evocação de Raul Pompeia: a sincronicidade de "O Ateneu" com "Retrato do artista quando jovem", de Joyce, por Ivan de Campos.
7. Dramatização, em português, de fragmento do episódio "Ciclope", de "Ulysses", por Paulo Gyrcis e Marcos Reis.
8. Apresentação da canção "Song to the Siren", de Tim Buckley, por Yun Jung Im.
9. O "sex appeal vegetal" em Joyce: música portuguesa no "Ulysses" e alhures, por Sérgio Medeiros, Dirce W. do Amarante e Caetano Galindo.
10. Leitura de fragmentos do monólogo de Molly Bloom, de "Ulysses" (nas traduções de Caetano Galindo e de Haroldo de Campos), pelas atrizes Liz Reis, Lígia Helena e Letícia Tomazella.
11. Leitura de fragmento de "Finnegans wake", de Joyce, em diversos idiomas, por Eric Drummond de Camargo, Donny Correia e convidados.
12. Apresentações musicais, por Cid Campos e Edvaldo Santana.
13. Encerramento: música para cítara, por Alberto Marsicano, acompanhada de leitura de fragmentos de "Ulysses", por John Milton.

Como em anos anteriores, será oferecida aos presentes uma edição comemorativa do Bloomsday 2012, publicada pela Casa Guilherme de Almeida.
Na ocasião, será feito o pré-lançamento do livro "Stephen Herói", na tradução de José Roberto O’Shea, publicado pela Editora Hedra, que sorteará dez exemplares da obra entre os presentes.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

O que você sabe sobre filosofia?

O que você sabe sobre filosofia? Se você tem pós-doutorado na matéria e quer um bom livro para simplesmente passear por temas interessantíssimos dessa sua paixão, eu tenho uma boa dica de leitura. Mas se você é um leigo interessado, alguém que não conhece muito sobre o assunto, mas que tem vontade de conhecer sempre um pouco mais, eu também tenho uma boa indicação de leitura. Em ambos os casos, o livro é o Guia Ilustrado Zahar de Filosofia.

Esse guia foi uma obra muito bem pensada: o texto é claro e gostoso de ler, as imagens são belíssimas e abundantes, o projeto gráfico é de primeira, papel de boa qualidade, capa resistente... e por aí vai.

Trata-se de um livro que você pode abrir em uma página qualquer do meio e iniciar a leitura ali mesmo porque os capítulos são curtinhos e mantêm certo grau de autonomia. Muitas vezes me peguei olhando por muito tempo para a mesma página, ou por causa de uma bela imagem ou simplesmente pensando em um dos questionamentos que o livro levanta (sim, como um bom livro de filosofia, ele ensina com perguntas).

Fico muito impressionado com os guias da Zahar, livros com muita iconografia costumam ser caros, o que não e o caso desses guias. Isso sem contar a variedade de temas. Eu poderia repetir a pergunta inicial do post como: o que você sabe sobre astronomia? E sobre história mundial? Sobre gatos? Música clássica? Cerveja? Vinhos? Mitologia? Religiões? Azeite? Cães? Ópera?...


Clique para ampliar

 

terça-feira, 5 de junho de 2012

J.K. Rowling desenvolve livro interativo para PlayStation

Da AFP

A escritora J.K. Rowling, autora da saga Harry Potter, colocou sua magia a serviço do "Livro dos Feitiços" ("Book of Spells"), um livro interativo para os usuários do PlayStation 3 que promete levar o leitor a um novo mundo.

O presidente do grupo Sony, Andrew House, anunciou na feira de jogos eletrônicos "E3" de Los Angeles que a empresa está colaborando com Rowling no primeiro título do que será a "vasta biblioteca de livros maravilhosos".

"Isto te leva a uma viagem de aprendizado de magia, como se fosse um estudante de Hogwarts", afirmou, com uma referência ao colégio fictício no qual o jovem mago Harry Potter e seus companheiros assistem aulas", explicou.

"Bem-vindos à reinvenção dos livros de contos", completou.

Os jogadores utilizarão os controles com sensores de movimento PlayStation Move como varinhas mágicas para mudar de página e aprender feitiços.

"O Livro dos Feitiços é o mais perto que um Muggle (trouxa em português, como os humanos sem habilidade para magia são chamados no mundo de Harry Potter) estará de um verdadeiro livro de feitiços", afirmou Rowling em uma mensagem divulgada por House.


segunda-feira, 4 de junho de 2012

Mario Vargas Llosa afirma que tablets banalizarão a literatura


Na quarta-feira, 09/05/2012, em debate realizado no ciclo organizado pela Biblioteca Nacional da Espanha o escritor peruano Mario Vargas Llosa afirmou que a literatura se banalizará se feita especialmente para tablets, informou a agência EFE.

No debate com o jornalista Sergio Vila-Sanjuán, o Prêmio Novel de Literatura de 2010 afirmou que a literatura feita "diretamente para os tablets" se banalizará, assim como aconteceu com a televisão. "É um temor, tomara que não aconteça", disse.

Apesar da opinião de muitos "defensores do livro eletrônico", Vargas Llosa disse não acreditar que "o suporte seja insensível ao conteúdo". Para defender seu ponto de vista, o escritor peruano mencionou a televisão como argumento questionando "por que a televisão banalizou tanto os conteúdos, quando é um instrumento extraordinário para chegar a grandes públicos, mas foi incapaz de se transformar em um transmissor de grandes ideias, de grande arte ou literatura?"

O escritor disse que não se opõem ao entretenimento e admitiu que existem bons programas na televisão. No entanto, para ele,"ler (Marcel) Proust ou (James) Joyce não é o mesmo que assistir a uma série".
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...